Rasguei o peito para te mostrar onde tens morado desde... sempre.
Abri-o de ponta a ponta, com direito ao barulhinho das costelas a estalar.
Abri-o para descobrir que eu não tinha onde morar, que o meu castelo não passava de uma pedra única, que ás vezes servia para me resguardar do frio.
Voltei a fechar o peito, cozi-o com fio norte, a ponto cruz (como se faz aos mortos)!
Deixei-te ficar lá dentro.
Agora só existo da parte de fora!