Rasguei o peito para te mostrar onde tens morado desde... sempre.
Abri-o de ponta a ponta, com direito ao barulhinho das costelas a estalar.
Abri-o para descobrir que eu não tinha onde morar, que o meu castelo não passava de uma pedra única, que ás vezes servia para me resguardar do frio.
Voltei a fechar o peito, cozi-o com fio norte, a ponto cruz (como se faz aos mortos)!
Deixei-te ficar lá dentro.
Agora só existo da parte de fora!
2 comentários:
Tenho saudades tuas, sabes?
Toma o teu Castelo. Afinal, todos os Castelos tem catacumbas e masmorras.
Assim, um dia, poderás olhar para fora, dentro de ti.
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